Ouguela (Alentejo, Portugal) em baixo; Alburquerque (Badajoz, Espanha) ao fundo.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Boss AC para a despedida




ESTOU VIVO

Às vezes dou por mim a...
A sobreviver, em vez de viver
Fartamo-nos de queixar,
Mas de repente a vida dá-nos uma chapada e lembra-nos que...
O amanhã não é certo
Só temos uma vida para viver

Mais um dia, mais um mês, mais um ano
Pouco a pouco, de repente o tempo voa
Estamos cá e amanhã estivemos
Perdemos tempo, lamentamos e queixamos
Acordamos mal dispostos sem vontade e nada fizemos
Life's a bitch and then you die
Aproveita, não te queixes, dá graças ao que tens
Há quem nada tenha
Damos tanta importância a coisas que nada importam
De repente alguém nos deixa e vemos que temos senha
Estamos todos na mema fila, não sabemos o nosso nome
Nada é certo, amanhã pode não chegar
Tão fácil falar o que é difícil é fazer
E quando as coisas não 'tão bem podem piorar

(Refrão)
Ei! Vive a vida
Tira proveito até ao fim da corrida
Põe-te de pé e grita bem alto
Eu estou vivo e vou viver a vida!

Vive a vida
Tira proveito até ao fim da corrida
Põe-te de pé e grita bem alto
Eu estou vivo e vivo!

A ver o copo meio cheio, meio todo, falta pouco
É ver o lado de lado da mesma moeda
Planos traçamos mas depois adiamos, desistimos
E a vida é sempre a mesma merda
Ninguém te ajuda quanto tu não te ajudas
E não fazes nada para mudar a tua vida
É bom sonhar mas é preciso acordar para concretizar
E encontrar uma saída
Falo contigo e comigo e para todos
Os que vivem o presente com medo do futuro
Nós não pedimos para nascer, já cá estamos
É viver porque amanhã é um tiro no escuro
É relativo, o teu drama mais terrível
Ao pé do drama do outro parece um filme para crianças
A vida dá-nos prendas e as vezes só damos valor
Quando essas prendas já não passam de lembranças

(Refrão)
Ei! Vive a vida
Tira proveito até ao fim da corrida
Põe-te de pé e grita bem alto
Eu estou vivo e vou viver a vida!

Vive a vida
Tira proveito até ao fim da corrida
Põe-te de pé e grita bem alto
Eu estou vivo e vivo!

Tem calma, não te estiques, abranda o carro, dá espaço
Pé pesado dá multas mas também dá condolências
Faz brindes, bebe shots
Parabéns, felicidades, 'tás feliz?
Mantem-te assim sem imprudências
Vai de táxi, vê se dormes, olha a ressaca
Acorda bem, toma banho, desperta e faz-te à luta
Todos temos que partir um dia
Vamos parar mas a parar, ao menos que seja não à bruta
Há quem pense que é de ferro
Que só acontece aos outros
Não te enganes, pensa bem, o outro dia és tu
Dei por mim caputado, vi a vida por um fio
Flash back na A1 eu e o Xuxu
A gritar tipo gajas, grande susto
Não foi desta, estamos bem e a esperar pela assistência
Moral da história: vive a vida, aproveita
Porque a vida dá voltas e não avisa com antecedência

(Refrão)
Ei! Vive a vida
Tira proveito até ao fim da corrida
Põe-te de pé e grita bem alto
Eu estou vivo e vou viver a vida!

Vive a vida
Tira proveito até ao fim da corrida
Põe-te de pé e grita bem alto
Eu estou vivo e vivo!

Estamos todos de parabéns
Pelo simples facto de estarmos vivos
É viver cada dia como se fosse o último
O amanhã não é certo
E pra morrer basta estar vivo
Hoje é uma dádiva, é por isso que se chama presente
Aproveita


Com a música de Boss AC e esta ilustração de Susana Carvalhinhos, despeço-me de todos vocês. Temos o verão pela frente; são as férias grandes, lembram-se? É muito tempo para se divertirem, e também é um tempo ótimo para ler. Quem gostar, não vai esquecer, de certeza.

Boas férias grandes!







Mais duas doses de "Sushi de kriptonita" (Daniel Cramer)



Acho que todos se lembram do carioca Daniel Cramer, autor do blogue Sushi de kriptonita. É já um velho conhecido nosso. Se clicarem no link, podem ler muitas mais histórias dele. Belas histórias como estas duas, e de outro género também.







segunda-feira, 15 de junho de 2015

Uma citação de João Guimarães Rosa



Mestre não é quem ensina, mas quem de repente aprende.

João Guimarães Rosa



Como funciona um fecho de correr?



fecho-eclair: fecho constituído por duas bandas munidas de dentes de metal ou de plástico, que encaixam através de um cursor e permitem abrir e fechar peças de vestuário, malas ou sapatos; fecho de correr.

Infopédia


Normalmente, diz-se fecho (de correr).



O telemóvel como uma espécie de Alien...




Bem, Alien, sei lá, ou qualquer um desses monstros que povoam alguns filmes ou bandas desenhadas...



(Autor não indicado)




A minha história com a fotografia



Há aqui algum aluno ou aluna que goste mesmo de fotografar? Não quero dizer tirar fotografias com o telemóvel, mas ter uma máquina, ou vontade de a ter, para dedicar um bom tempo a tirar fotografias, e gostar de ver o mundo através de uma máquina fotográfica como aconteceu a quem nos conta a sua historia:


Lembro como se fosse hoje quando tirei a minha primeira fotografia. Foi com uma máquina analógica de uma tia, que era o básico "olhar no buraquinho, centralizar e apertar no botão" e pronto, a gente só via a fotografia quando revelava. Lembro também que a foto não ficou tão má quanto eu imaginava, claro, um pouco sem ângulo, mas consegui capturar a cena. (risos) Depois disso, eu ficava sempre encantada com as fotos de família, aquele momento ali eternizado, congelado e que a gente podia rever a qualquer instante, matar a saudade e dar boas risadas. Foi ali que o sonho de ter uma câmera começou, mas eu sabia que era algo fora do meu alcance no momento. Não lembro bem a idade que eu tinha, mas lá pelos meus seis anos, eu ganhei um walkman e como toda criança eu fiquei toda babada com o presente. Agora vocês devem estar a pensar "o que um aparelho de música tem a ver com fotografia?" Pois bem, depois de um tempo o velho walkman tornou-se a minha primeira máquina fotográfica. Como eu sou filha única, eu praticamente brinquei sozinha a minha infância toda. Tive uma casinha, como todas as menina têm. Tive também os meus filhos, o meu marido, os meus amigos, tudo invisivelmente, mas com traços fortes na minha imaginação que eu lembro até hoje. Como tudo parecia um pouco irreal, como a velha calculadora era o meu computador, por quê não tornar o velho walkman em máquina fotográfica? E foi assim que eu brinquei boa parte da minha infância, fotografando algo que nunca ninguém iria ver! Como eu queria que cada clique tivesse sido registado, para hoje vocês verem até onde a imaginação de uma criança pode ir e para eu mesma ter as fotografias que ficaram apenas na minha memória. O tempo passou, mas a vontade de ter uma câmera real não. Mudei de cidade, consegui o meu primeiro emprego e com isso a realização do meu sonho estava quase perto. Economizei cada centavo e finalmente em 2006 eu consegui comprar a minha primeira máquina, que até hoje funciona, mas que agora está num lugar especial na minha estante. Algo que eu não me irei desfazer, pois sempre que olho para ela eu percebo que é possível ter tudo que se quer, por mais que seja tão simples. Com essa câmera, tirei diversas fotos e a minha paixão pela fotografia só crescia e com isso o tempo passou e eu queria algo melhor do que eu tinha e então em 2009 eu ganhei a minha segunda câmera, um presente da minha mãe. Com essa, as fotos começaram a ficar melhores e eu fui-me aperfeiçoando... Mas, como em tudo eu evolui, os sonhos também. Novamente comecei a juntar para ter uma câmera de acordo com o que eu precisava, como eu não tinha condições de ir mais além, em 2011 eu realizei um grande sonho, comprei minha primeira semi-profissional. Não consigo descrever a emoção que senti quando abri aquela pequena caixa, mal sabia por onde começar a mexer. Só bastou eu tirar a minha primeira foto e depois tudo começou a fluir melhor, a câmera e eu, agora éramos uma dupla inseparável. Esta é minha companheira até hoje, quem me ensinou muito sobre fotografia e que já fez milhares de registos de momentos inesquecíveis. Mas, para quem pensa que eu parei por aqui, está enganado. Desde que comprei a minha terceira câmera eu venho a economizar para finalmente ter a minha profissional e a dos meus sonhos é essa. Por fim, pra mim fotografar é refugiar-me num mundo que eu posso voltar a qualquer momento, que eu posso matar as saudades, que eu me posso encontrar comigo mesma e que me permita estar em paz com tudo ao meu redor. Fotografia não é uma distracção, é uma paixão, um dom, é parte de mim.

Texto e Foto: Juliana Bastos
Data: 10/03/2014


Lido no blogue Cantinhos de Portugal



Ela acordou, tomou café... (Will Leite)



Então, o que é que aconteceu enquanto ela fazia essas coisas todas? Ele fez o quê?






sábado, 13 de junho de 2015

"Meu coração é um almirante louco..." (Campos / Pessoa)



Este soneto foi escrito por Álvaro de Campos, um dos heterónimos do poeta português Fernando Pessoa. Alguém se lembra desta "história" dos heterónimos?

Fernando Pessoa nasceu a 13 de junho de 1888 em Lisboa.


Ah, um soneto...

Meu coração é um almirante louco
que abandonou a profissão do mar
e que a vai relembrando pouco a pouco
em casa a passear, a passear ...

No movimento (eu mesmo me desloco
nesta cadeira, só de o imaginar)
o mar abandonado fica em foco
nos músculos cansados de parar.

Há saudades nas pernas e nos braços.
Há saudades no cérebro por fora.
Há grandes raivas feitas de cansaços.

Mas — esta é boa! — era do coração
que eu falava... e onde diabo estou eu agora
com almirante em vez de sensação?

Álvaro de Campos / Fernando Pessoa



Há mais poemas de Álvaro de Campos no blogue, este é um deles: "Há sem dúvida quem ame o infinito..."






sexta-feira, 12 de junho de 2015

quinta-feira, 11 de junho de 2015

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Porque será que o google.pt amanheceu hoje deste modo? No segundo o da palavra vemos um fragmento de calçada portuguesa que nos faz lembrar as ondas do mar, tão importante na história de Portugal.... Ah, e reparem nas cores das letras.



Hoje, dia 10 de junho, comemora-se no vizinho país o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Mais informação aqui.


Por se celebrar também o Dia de Camões (c. 1524 - 1580), o grande poeta de Os Lusíadas, eis uns versos dele:


Esparsa ao desconcerto do mundo

Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado:
Assim que, só para mim
Anda o mundo concertado.







A nova Ribeira das Naus em Lisboa



Às vezes ficam mensagens esquecidas na pasta dos rascunhos do blogue. Eis uma: a notícia tem quase um ano (13 de julho de 2014), mas acho que vale a pena vermos como mudou a Ribeira das Naus em Lisboa. Um espaço que os cidadaos ganharam:


Na nova Ribeira das Naus, Lisboa reencontra a sua história e o Tejo

Depois de removida “a camada de esquecimento e de destruição” que a cobria há várias décadas, a Ribeira das Naus, em Lisboa, quer afirmar-se como um espaço de reencontro, não só com o Tejo, mas também com a história da cidade. A Doca Seca está agora a descoberto, a Doca da Caldeirinha foi retomada e permite, através de um passadiço em madeira, a ligação ao Terreiro do Paço, e os relvados que evocam as rampas outrora usadas pelas embarcações atraem já centenas de pessoas. (...)

Deitados na rampa em pedra que vai descendo para o Tejo, ou até com os pés dentro de água, a fazer a pé ou de bicicleta o percurso entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré, sentados ou mesmo deitados em fato de banho nos relvados existentes, centenas de portugueses e estrangeiros lá estiveram, demonstrando que agora este espaço à beira rio plantado é também seu.

Uma notícia do Público (13 de julho de 2014)








terça-feira, 9 de junho de 2015

Neve deste ano na Serra da Estrela



Janeiro? Fevereiro? A fotografia é deste ano, mas não me lembro do mês em que foi tirada pelo autor, que se chama Rosino. Tanto faz. Refresca-nos um bocado ver essa neve nestes dias de calor, calor e mais calor... A cidade de Badajoz como um inferno, não é?

Quem é que se anima a fazer uma viagem à bonita Serra da Estrela? Agora não haverá tanta neve, é claro, mas de certeza que as temperaturas serão muito mais amenas do que na nossa cidade.





Campanha publicitária de combate ao racismo




Acho que este vídeo é do ano pasado. Lamento o atraso. Andava perdido na pasta dos rascunhos. O texto em baixo acompanhava o vídeo no site onde o encontrei:

"Uma das melhores campanhas publicitárias de todos os tempos, de combate ao racismo. Um vídeo ganador de vários prêmios internacionais, na categoria combate ao racismo no Mundo."







sexta-feira, 5 de junho de 2015

A Estela quer tirar umas fotos mesmo aqui


É exatamente aqui, mesmo aos pés do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que a Estela, da turma de 4º A,  quer tirar umas fotografias, ou ser ela a fotografada, não é, Estela? Há uma vista belíssima deste ponto, como podem comprovar, e ainda mais mais se pudéssemos ver tudo de cima...Vamos fazer votos para que ela possa estar lá um dia. Esperemos que não se esqueça de nos mandar um cartãozinho ou alguma fotografia.

O Corvovado é um dos morros da cidade, muito conhecido pela estátua, e também pela canção do mesmo título, Corcovado, composta por Antônio Carlos Jobim, mais conhecido como Tom Jobim, "considerado o maior expoente de todos os tempos da música popular brasileira pela revista Rolling Stone e um dos criadores e principais forças do movimento da bossa nova."(Wikipédia)









Esta fotografia é de Ricardo Zerrenner






E o que seria do Rio de Janeiro e dos cariocas, sem a música do mestre Tom Jobim? De certeza, diferente, muito mais pobre.

Cá temos o Samba do avião, o Rio visto do avião que vai aterrar, o Cristo Redentor, a baia da Guanabara...  Ah, que beleza! Finalmente, o aeroporto, o Galeão, que leva também o nome do nosso compositor.

Cantam Os cariocas...


SAMBA DO AVIÃO

Minha alma canta
Vejo o Rio de Janeiro
Estou morrendo de saudade
Rio, teu mar, praias sem fim
Rio, você foi feito pra mim

Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Rio de sol, de céu, de mar
Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão
Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro

Cristo Redentor
Braços abertos sobre a Guanabara
Este samba é só porque
Rio, eu gosto de você
A morena vai sambar
Seu corpo todo balançar
Aperte o cinto, vamos chegar
Água brilhando, olha a pista chegando
E vamos nós
Aterrar





quarta-feira, 3 de junho de 2015

E preciso ter lata!



É claro que vocês sabem como é que nós dizemos isto...


Lata. Ousadia; coragem [usa-se em expressões como grande lata!, que significa qualquer coisa como é preciso ter ousadia; ter lata para... = ter coragem para...]

Novo Dicionário do calão (Afonso Praça)




Beijos numa parede de Leiria



Numa parede da cidade de Leiria,  José Carlos Marques encontrou estas palavras.



Leiria é uma cidade portuguesa, capital do distrito de Leiria, situada na região Centro e sub-região do Pinhal Litoral, com cerca de 55 500 habitantes no seu perímetro urbano. (Wikipédia)




A cidade de Leiria nasceu e cresceu entre o rio Lis e o majestoso castelo, fundado por D. Afonso Henriques, no século XII.

Este foi, definitivamente, o ponto de partida para o intenso povoamento da região, tendo a paisagem envolvente sido fortemente marcada por extensos pinhais que se estendem até à Costa Atlântica e nos levam de encontro às magníficas praias, a poucos quilómetros de Leiria.

Cidade dinâmica por excelência, nela há a destacar a crescente dinamização do centro histórico e das zonas envolventes, além dos espaços de lazer que ao longo do curso do rio Lis se foram criando.

À noite, a cidade tem mais vida na Praça Rodrigues Lobo ou no Largo Cândido dos Reis (vulgo “Terreiro”), onde os mais jovens (e não só!) se encontram para conviver.

(Fotografia e dados do Guia do Estudante)


Página da Câmara Municipal de Leiria




terça-feira, 2 de junho de 2015

Liberdade, direitos, deveres... são de todos



Mais uma tira hoje. O Armandinho, de Alexandre Beck, volta por estas bandas. 

Reparem como o autor frisa a importância, o papel, que a educação tem nas nossas vidas. Vivemos em sociedade.




Duas tiras de Heitor Isoda





Chegam-nos do Brasil duas das tiras de Heitor Isoda. Alguém é capaz de encontrar nelas alguma coisa? Reparem nas palavras...





Mais uma citação de Voltaire



Parecem palavras atuais, mas foram escritas por Voltaire (1694 - 1778), escritor e filósofo francês, de quem lemos outra citação no mês passado.




segunda-feira, 1 de junho de 2015

A famosa Concha de S. Martinho do Porto

(Fonte: Casa na Aldeia)


São Martinho do Porto é uma freguesia portuguesa do concelho de Alcobaça (Wikipédia). É uma localidade muito visitada também por turistas espanhóis. Alguém já lá esteve?









Para além da cor da fotografia, reparem na altura das casas, e na quantidade delas. Nenhum prédio de seis ou oito andares. É claro que estes eram outros tempos!